Documento de circulação interna preparado por técnicos do PSB diz que o governo Lula “não está preparado nem tem vontade para colocar o Brasil em uma trajetória de crescimento”.
O texto, intitulado Análise Crítica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sustenta que o PAC “dificilmente” conseguirá fazer a economia crescer a uma taxa de 4,5% a 5% do PIB, como quer o presidente Lula.
As regras para reajuste do mínimo e a carga tributária são criticadas pelo PSB, que também sugere ao governo o que poderia ser melhorado. Segundo o Estadão, um dos alvos da análise técnica do PSB é a criação do fundo de investimento em infra-estrutura usando R$ 5 bilhões do patrimônio líquido do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
"Qualquer instituição pode criar um fundo ou só a Caixa Econômica Federal? Quem aprova o investimento? Quem define o risco? Quem será responsável pelos possíveis prejuízos do fundo?" No fim deste item, os técnicos criticam: "Como se vê, não é só dinheiro que falta à infra-estrutura. Faltam regras, projetos bem estruturados, financiamentos adequados e mentalidade de investidor de longo prazo", diz o documento.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o relatório será analisado por deputados da sigla e discutido em reunião do bloco PSB-PDT-PCdoB. Embora integrem a base governista, os três partidos têm criticado a hegemonia petista na coalizão e prometem agir com mais independência em relação ao Planalto daqui em diante.
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O grupo formou comissão que embasará atuação do bloco nas votações a respeito do PAC. Um novo texto será divulgado ao fim do trabalho da comissão. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Fazenda, Dilma Rousseff, explicarão o plano à base aliada na próxima quarta-feira.
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