Em Brasília, dados da Polícia Militar avaliam cerca de 5 mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Eles também expressaram apoio à Operação Lava Jato, pediram o fim do foro privilegiado e protestaram contra a corrupção. Os organizadores disseram acreditar que o número de pessoas nos protestos vai aumentar quando começar o julgamento final do impeachment: “Queremos a saída definitiva de Dilma. Os crimes de responsabilidade dela foram comprovados na Comissão do Impeachment e no TCU [Tribunal da Contas da União]”, afirmou Jailton Almeida, um dos coordenadores do Vem pra Rua.
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Grupos menores reivindicaram o retorno da monarquia e intervenção militar. Integrantes do Movimento Democracia Direta defenderam a saída de Dilma e do presidente interino Michel Temer.
No Rio, a concentração foi na Praia de Copacabana e os manifestantes pediam o fim da corrupção e apoio à Operação Lava Jato. O alvo principal dos manifestantes foi a presidente afastada, mas sobraram críticas também ao governo do presidente interino. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes.Em ato pró-Dilma, representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros, se reuniram no Largo do Batata, em São Paulo, para clamar a volta da presidente ao cargo. Já a Avenida Paulista recebeu os manifestantes favoráveis à saída definitiva da presidente afastada.
Divisão
Unidos durante as manifestações contra o governo Dilma em 2015 e nos dois principais protestos de 2016, os grupos Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua se separaram neste ato. Enquanto o MBL optou por adiar o protesto marcado para este domingo (31), o Vem Pra Rua manteve a data, e esperava atingir mais de 180 cidades. Entretanto, a divisão teve resultado. O impacto no número de participantes, em todo o Brasil, foi significativo.
* Com informações da Agência Brasil