No dia em que Lula garantiu a permanência de Waldir Pires no ministério da Defesa, o presidente se disse confiante de que o caos aéreo não acontecerá na Semana Santa. Hoje (4), ele reafirmou não ser justo que brasileiros fiquem por horas nos saguões dos aeroportos, enquanto controladores de vôo fazem protestos. “Não existe nenhum movimento que justifique terceiros pagarem a conta. Se as pessoas querem fazer protestos contra alguém, que façam, mas que a vítima desse protesto não seja o povo, que não tem nada a ver com isso.”

Lula se mostrou esperançoso. “Penso que a Aeronáutica está com a responsabilidade de não permitir que aconteça mais isso. Obviamente que pode acontecer um ou outro atraso”, comentou.

Quatro aviões da FAB caem em Roraima

Em meio ao debate sobre o caos aéreo, quatro aviões da Força Aérea Brasileira caíram hoje em Boa Vista (RR). O segundo tenente aviador Fernando Wilmers de Medeiros faleceu ao cair com seu Super Tucano A-29, do 1º Esquadrão do 3º Grupo de Aviação de Boa Vista. O aparelho avião caiu perto do aeroporto da cidade.

Alem disso, três outros aviões fizeram pousos de emergência na região. Porém, eles sobreviveram. Chovia forte no momento do acidente. A FAB investiga o caso.

Renan descarta CPI mista sobre crise aérea

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), descartou hoje a possibilidade de determinar a instalação de uma CPI formada por deputados e senadores para investigar a crise do setor aéreo. Segundo ele, a Câmara rejeitou a CPI do Apagão Aéreo ao considerar que não há fato determinado para as investigações, o que impediria a criação de uma CPI com representantes das duas Casas. Além disso, lembrou o senador, nem essa alternativa nem a da instalação de uma CPI apenas no Senado foi apresentada oficialmente a ele.

“Ninguém da oposição conversou comigo sobre isso. Não existe demanda de CPI no Senado. A CPI mista enquanto não houver solução com relação ao STF, ela é impossível, porque foi derrubada em uma das casas do Congresso”, afirmou Renan.

Oposição decide obstruir votações no Senado por CPI

A resposta a ele veio da oposição na Casa. Senadores oposicionistas decidiram obstruir as votações na Casa até que seja instalada a CPI do Apagão Aéreo. A partir da próxima terça-feira (10), quando recomeçam os trabalhos, pauta do plenário estará trancada por nove medidas provisórias (MPs) e projetos de lei de conversão.

"A oposição quer ajudar. O caminho mais rápido é a instalação da CPI", disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN), ao anunciar que o partido só retomará as votações quando a comissão for instalada. (Edson Sardinha, Lucas Ferraz e Eduardo Militão)