Edson Sardinha |
O que dizia Severino em 21 de janeiro de 2005 em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco: “Eu irei fazer de tudo para que a Casa tenha total independência e não seja subjugada aos interesses do Executivo. Vamos criar comissões para que os deputados possam ter essa liberdade. Para isso, é preciso um presidente livre, que não tenha dependência do governo.” “Não houve independência (nos dois anos de João Paulo Cunha), porque a Ordem do Dia era ditada pelo Palácio, juntamente com os líderes da maioria. Ele (João Paulo) não teve essa atitude. O Palácio do Planalto modificava a Ordem do Dia quando queria.” “O Executivo é muito esperto. Nós vamos fazer com que o deputado não fique na dependência do governo. Se dermos condições para eles (deputados) trabalharem, será um alívio.” Leia também “O governo usa de certas artimanhas que não são dignas, como dar cargos e não liberar emendas parlamentares no Orçamento.” “O grande problema está na onda das medidas provisórias. Vamos fazer com que essa onda diminua. Quem legisla é o deputado e o senador. O Executivo é pra executar (sic), mas ele se preocupa mais em editar medidas provisórias, fazendo com que o parlamentar não possa levar seus projetos adiante. O governo pede regime de urgência urgentíssima para propostas de sua iniciativa, e os projetos de deputados e senadores ficam encostados nas comissões. Vamos dar um basta a isso.” Em entrevista ao Congresso em Foco no dia 11 de fevereiro de 2005, a quatro dias de ser eleito: “A total subserviência ao Poder Executivo, que chega a ditar a pauta de votação da Casa e a ação dos senhores deputados e deputadas. Essa situação só vai mudar com a eleição do deputado Severino Cavalcanti para presidente. Podem apostar.” “Vou trabalhar para que seja respeitado o princípio constitucional que garante que os Poderes da União são ‘independentes e harmônicos entre si’”. “Não estarei aqui como serviçal do Planalto ou de um partido político para cumprir ‘ordens do presidente Lula’, como alardeiam os dois candidatos do PT. Vou colocar o Legislativo de pé, recuperando as suas prerrogativas, notadamente a de legislar.” |