Na véspera de assumir a presidência nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE) disse hoje (22) que o novo programa tucano aproximará a legenda da população.
O documento, que será oficializado no encontro promovido até amanhã (23) pelo partido em Brasília, enaltece as ações do governo Fernando Henrique Cardoso, nega o rótulo de “privatista”, ataca as políticas econômica e internacional do governo Lula e defende o voto distrital.
Veja a íntegra da proposta que está sendo discutida pelos tucanos
"O programa leva o PSDB aos tempos de hoje. A partir dele nós vamos aproximar o povo brasileiro do partido", disse Guerra, reforçando o que havia dito, em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, há um mês. Na ocasião, o senador afirmou que o PSDB dará uma guinada à esquerda, durante sua gestão, para conquistar as eleições de 2010 (veja a entrevista).
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O documento será apresentado e debatido até amanhã durante o 3º congresso do partido. Na abertura do encontro, o senador Tasso Jereissati (CE), que passará a presidência do partido a Sérgio Guerra, criticou o inchaço e a partidarização da máquina administrativa no governo Lula.
“As diretorias da Petrobrás estão sendo loteadas entre os partidos. O que é a Petrobrás hoje? Uma colcha de retalhos de vários partidos, o principal deles o PT. Resultado: está aí o gás se acabando. E, a cada dia, a Petrobrás é alvo de escândalos de corrupção”, declarou o cearense.
Ao longo da manhã, foram apresentados os relatórios dos coordenadores temáticos, fruto dos debates promovidos pela Executiva e pelo Instituto Teotonio Vilela em todo o país ao longo do ano.
A última atividade do dia será a apresentação do painel com o presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, e os governadores tucanos. Entre eles, José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que, ao lado de Geraldo Alckmin, são os principais nomes do partido para a sucessão do presidente Lula em 2010. (Edson Sardinha)