O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, abriu investigação para apurar se o PSB cometeu crime eleitoral no uso do avião que caiu, no último dia 13, com o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas. Todas morreram no acidente, ocorrido em Santos (SP).
O Ministério Público Eleitoral vai investigar se a empresa apontada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como proprietária da aeronave, a AF Andrade, utilizou firmas fantasmas para justificar o pagamento de parcelas de contrato de leasing. Pretende apurar também se o uso do avião estava em acordo com a legislação eleitoral, já que não constava do primeiro balanço da prestação de contas. O partido alega que a declaração só seria incluída na prestação final, após as eleições. Em entrevista ao Jornal Nacional, a nova candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva, disse que nunca soube de ilegalidade sobre o jatinho.
O Ministério Público também vai pedir à Anac informações sobre a propriedade do avião para confrontar com a suspeita de que o dinheiro seria de caixa dois do partido ou da AF Andrade. Janot solicita ao Mistério da Justiça cópia da apuração em andamento da Polícia Federal sobre a aeronave.
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A investigação do Ministério Público Eleitoral, chamada de procedimento preparatório eleitoral, tem duração de 60 dias – período que pode ser prorrogado.
Veja a íntegra da portaria de Janot sobre a investigação
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