O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, descartou nesta quinta-feira um pedido de prisão preventiva para o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Ele explicou que, se a solicitação for encaminhada à Justiça, a Polícia Federal terá de concluir o inquérito sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares – o mensalão – cinco dias após a prisão de Valério.
“Eu não tenho a conclusão do inquérito e a polícia não tem condições de concluir em cinco dias. O inquérito se desenvolve com observância de prazos. Se eu não tenho ninguém preso, não está submetido a prazo. Há um juízo de necessidade e de oportunidade que tem de ser feito”, argumentou.
A CPI dos Correios insiste para que o Ministério Público peça a prisão de Valério. O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse na semana passada que o empresário destrói provas e prejudica as investigações. “Nós não temos mais documentos. As declarações de renda dele foram todas retificadas e várias informações do sigilo bancário não chegam à CPI”, reclamou o parlamentar.
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Na semana passada, Serraglio e o relator-adjunto da comissão, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), reuniram-se com Antonio Fernando para pedir a prisão de Valério. Apesar da insistência, o procurador-geral negou o pedido e disse que a CPI estava atrás de holofotes.
Serraglio prometeu, para a próxima semana, apresentar uma prestação de contas dos trabalhos da CPI.
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