A presidente Dilma Rousseff e o Senado têm até o dia 17 de setembro para indicar novo procurador-geral da República. Se escolha não for feita até a referida data, a cadeira será entregue interinamente a um procurador desafinado com o grupo de investigadores que atua na Operação Lava Jato. O subprocurador-geral Eitel Santiago de Brito Pereira, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, ficaria no comando da Procuradoria-Geral da República até que um nome seja oficializado. As informações são da Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, é atribuída a Renan Calheiros uma estratégia para retardar a apreciação, no Senado, caso Dilma opte por reconduzir o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com o fim do mandato de Janot, Santiago, considerado procurador de “baixo clero” do órgão, assumiria cargo que sempre almejou. Ele nunca conseguiu votos suficientes para integrar lista tríplice e, com isso, ser um dos nomes escolhidos nas eleições bienais da Associação Nacional dos Procuradores da República.
As principais restrições de seus colegas em relação a sua escolha, de acordo com o jornal, estão ligadas às aproximações político-partidárias de Santiago e ao exercício simultâneo da advocacia privada. Em eleições passadas, ele buscou apoio entre políticos PMDB, do extinto PFL e de aliados do governo. Outro detalhe fundamental é que Eitel Santiago foi secretário de um governo estadual tucano, o da Paraíba, estado administrado na época pelo hoje líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima.
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