De acordo com Jucá, Cabral merece direito de defesa e o partido não tomará qualquer providência contra o ex-governador enquanto as investigações não forem concluídas. “É importante que os fatos sejam investigados com profundidade e, a partir daí, se tenha uma convicção e um julgamento na Justiça. O PMDB não irá antecipar este julgamento”, declarou o senador, também um dos alvos da Operação Lava Jato.
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Cabral é acusado de liderar um esquema que desviou R$ 224 milhões dos cofres públicos, por meio de cobrança de propina de empreiteiras que executavam obras para o estado. O valor cobrado, segundo o Ministério Público Federal, era de 5% do valor da obra contratada. Só de uma empreiteira, ele recebeu R$ 500 mil de mesada em seu último mandato, conforme as investigações.
Em maio deste ano, Jucá passou menos de dois dias à frente do Ministério da Previdência assim que o presidente Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente o Palácio do Planalto com o então afastamento da presidente Dilma, que viria a ser cassada em agosto. Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o senador defendeu mudança no comando político do país para “estancar a sangria” causada pela Lava Jato. Com o desgaste, o peemedebista se afastou do cargo e voltou ao Senado, onde acaba de ser premiado com a liderança do governo no Congresso.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir a prisão de Jucá, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do ex-presidente José Sarney (PMDB) por tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato. O pedido contra Cunha foi enviado para Curitiba após a cassação de seu mandato. O ex-presidente da Câmara está preso desde outubro. O Supremo, no entanto, não aceitou o pedido de prisão contra a cúpula do partido.
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