A presidente aguardava para ser anunciada pela equipe do cerimonial embaixo da rampa do segundo andar do Palácio. Assim que ouviu o seu nome, a presidente tentou seguir para o púlpito, mas um integrante do cerimonial pediu que ela, antes, esperasse a passagem de atletas que participaram dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Toronto de 2015.
Dilma ainda gesticulou e discutiu com um dos integrantes do cerimonial mas não adiantou. Ela teve que esperar, antes, a passagem dos atletas. A presidente reclamou bastante da organização do evento.
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Durante a solenidade e já mais calma, a presidente disse que se emocionou com as histórias de superação, principalmente dos para-atletas, e elogiou o que chamou de “ética do esporte”, com valores ligados à cooperação e ao respeito ao adversário.
“[O esporte] mostra que é possível sofrer derrotas, dificuldades no caminho, mas que todo atleta levanta e segue em frente. Muitas vezes não ganha na primeira, mas ganha na segunda ou ganha na terceira e segue lutando para ganhar e respeita também o resultado do outro atleta que é o vencedor”.
Dilma citou o nadador Thiago Pereira, que se tornou o maior medalhista de jogos pan-americanos, com 23 medalhas, uma a mais que o cubano Erick Lopez, como exemplo dos ensinamentos do esporte sobre respeito ao adversário, mesmo que o placar seja apertado.
“Fiquei muito feliz em saber que o Thiago ganhou por uma medalha do cubano, ele tem 23 e o cubano tem 22 e aí ele é o maior atleta pan-americano. É obvio que ele respeita o cubano que tem 22, mas é inequívoco que ele é o primeiro nessa história. Essa é uma da ética do esporte, você vence, mas respeita o adversário, porque o adversário qualifica o vencedor”, comparou
Com informações da Agência Brasil