Segundo o relator, “o adiamento da votação do cronograma não altera o curso do processo”. Para Anastasia, é importante que se garanta a defesa plena, mas, de todo modo, a previsão para o término dos trabalhos segue prevista para meados de agosto.
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Os senadores que defendem a presidente afastada, Dilma Rousseff, consideraram uma vitória o adiamento da votação do calendário. “Foi uma decisão ponderada do presidente”, disse Lindbergh Farias (PT-RJ). O petista, porém, disse que a defesa vai continuar tentando impedir o processo na Justiça. “Queremos que a comissão pare para a Justiça investigar o episódio de Jucá, que interferiu diretamente no resultado da votação”, acrescentou, referindo-se ao vazamento do áudio em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre a Operação Lava Jato. Em trecho do diálogo, feito por Machado para colaborar com a Justiça, Jucá diz que a saída de Dilma se fazia necessária para “estancar a sangria“ da investigações.
O presidente da Comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), por sua vez, afirmou que o fato de ter adiado a votação do calendário não altera o plano de trabalho. De todo modo, negou que haja possibilidade de suspensão da comissão, como pediu Lindbergh – alegando justamente o caso do áudio com Jucá.
“Já respondemos à questão de ordem e aquilo [áudios de Jucá] não é objeto da denúncia para que possa interferir no processo”, explicou Lira.
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