O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, disse estar absolutamente tranqüilo com o prosseguimento das investigações da CPI dos Bingos. Um relatório parcial da comissão, aprovado na última terça-feira, apontou irregularidades na renovação do contrato entre a Caixa e a multinacional de serviços de loteria Gtech. O relatório pediu, ainda, o indiciamento do próprio Mattoso.
"A CEF tem 145 anos prestando serviços à economia e à sociedade brasileira. Continuará fazendo isso e, do ponto de vista dos empregados e administradores dessa gestão, temos absoluta segurança e estamos tranqüilos com relação à continuidade das investigações", afirmou Mattoso.
O relatório da CPI, assinado pelo senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) recomenda ao Ministério Público o indiciamento de 34 pessoas. O relatório aponta irregularidades no direcionamento de licitações; nas renovações sucessivas de contratos, que previam reajustes de preços fora dos parâmetros legais; na omissão da cobrança de multas, além de mencionar indícios de pagamento de propina a servidores públicos para facilitar a renovação do contrato com a GTech.
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Após a aprovação do relatório, a CEF divulgou nota em que "manifesta a sua surpresa" pela aprovação do documento sem a votação das emendas que pediam a exclusão dos nomes dos ex-presidentes Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai, e do atual presidente da Caixa, do documento.
Para Jorge Mattoso, a CPI dos Bingos "tem muito mais objetivos político-eleitorais que objetivos de investigação". Segundo ele, o contrato entre a CEF e a Gtech foi investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que já teria resolvido as questões suscitadas pela CPI. Ele explicou que atualmente, os esforços estão direcionados para garantir que as loterias sejam feitas com recursos internos. "Estamos substituindo esse contrato (com a Gtech). A partir de novembro de 2004, realizamos as licitações, num novo processo, e estamos iniciando operação nos lotéricos, com as novas máquinas, com o novo sistema sendo administrado pela Caixa", informou.
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