Thomaz Pires
A escolha do candidato à Presidência da República no Partido Socialismo e
Liberdade (Psol) abriu uma crise interna na legenda. A escolha de Plínio Arruda
Sampaio para a corrida eleitoral ao Palácio do Planalto, ocorrida neste domingo
(11), foi considerada irregular pelo pré-candidato concorrente, Martiniano
Cavalcante, que resolveu renunciar sua pré-candidatura ainda no fim de semana e
antes da votação alegando fraudes na escolha dos delegados.
Apoiado pela ex-senadora Heloísa Helena, Martiniano disse, por meio de sua
assessoria, ter ocorrido fraudes em pelo menos 20 estados. Segundo o
pré-candidato, o regulamento interno para o registro dos delegados apoiadores de
Plínio Arruda Sampaio não foi respeitado, o que torna irregular a indicação.
“Nós sabemos que essa escolha ocorreu de forma irregular em pelo menos 20
estados. Mas não vamos recorrer à Justiça para evitar uma crise interna no
partido. Mas estamos profundamente desapontados”, afirmou Martiniano por meio de
colegas de chapa. Até a última semana, Martiniano contava com a preferência de
pelo menos 90 delegados contra 76 de Plínio Arruda e 10 para o terceiro
pré-candidato, Badá.
O P-Sol, que chegou a sinalizar coligação com o PV em apoio à candidatura de
Marina Silva, preferiu lançar a pré-candidatura própria sem consenso entre seus
membros.
Promotor público aposentado, deputado constituinte e ex-filiado
do PT, o pré-candidato do Psol discursou ainda no fim de semana após a
confirmação do seu nome , mostrando qual será o tom de suas propostas: “Nós
somos contra o regime. Nós somos contra o sistema. Nós somos contra tudo que
está organizado nessa sociedade. Nós queremos transformar. Nós queremos
revolucionar”.
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