Maranhão foi substituído sumariamente pelo deputado André Fucuca (PP-MA) por uma decisão monocrática do presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). Junto com Maranhão deve deixar o diretório estadual do PP outras pessoas ligadas ao parlamentar. O líder da bancada do PP na Câmara, o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PB), disse que a direção nacional da legenda abrirá um processo de expulsão do parlamentar governista caso ele confirme o voto contra o impeachment no próximo domingo (17).
Leia também
Assista à gravação:
Membros do diretório nacional do PP vão questionar a decisão de fechar questão a favor do impeachment, o que obriga os deputados a votarem pela cassação do mandato da presidente. Um grupo de dirigentes da legenda questiona a convocação do diretório na quinta-feira (14) e realizada no dia seguinte. Alegam que, pelo estatuto, a convocação da reunião do diretório nacional precisaria ser feia com pelo menos oito dias de antecedência.
Base até ontem
Há menos de um mês o PP estava no governo. Ocupava o ministério da Integração há apenas três dias. Há menos de uma semana o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira, esteve no Palácio do Planalto negociando a ampliação da ocupação de cargos que a legenda mantinha no Executivo. Ao mesmo tempo, Ciro negociava com o vice presidente Michel temer o apoio ao impeachment com a promessa de que o PP continuaria no governo após a saída de Dilma.
Nesta sexta-feira, a direção decidiu formalizar o desembarque do governo e obrigar que os 45 deputados votem pelo impeachment. Além de Maranhão, o deputado Cacá Leão, filho do vice-governador da Bahia, João Leão, também deve votar contra o impeachment. A direção nacional do PP ainda não decidiu qual punição sofrerá o deputado baiano se votar contra o impeachment.