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Com uma cueca cheia de dinheiro vestida por cima de uma calça preta, Uziel considera que está cumprindo um dever de cidadão. “Eu quis vir para mostrar aos ministros que nós queremos a condenação de todos os envolvidos neste caso. É preciso que o STF saiba qual é o desejo do povo”, disse.
A vestimenta do vigilante foi escolhida em referência ao episódio em que José Adalberto Vieira da Silva, ex-assessor do deputado José Nobre Guimarães (PT-CE) quando ele era deputado estadual, foi flagrado com dinheiro de propina escondido na cueca, em um aeroporto. Uziel está acompanhado pelo filho e afirmou que só voltará para casa quando a sessão terminar. “Hoje é aniversário da minha esposa, mas ela me lliberou para vir aqui”, afirmou e garantiu que durante o mês de agosto tentará fazer seu protesto em todas as sessões.
Apesar de desejar a condenação dos réus, Uziel é descrente quanto ao cumprimento das penas. “Infelizmente eu acho que ninguém vai ser preso. Podem ser condenados, mas terão meios alternativos de cumprir a pena. Eu acho um absurdo, mas eu acho que é o que vai acabar acontecendo. Tem muita gente que roubou comida porque não tinha nada em casa e está presa aguardando julgamento ainda”, disse.
No entanto, a pouca quantidade de manifestantes surpreendeu até mesmo agentes da Polícia Militar que prepararam um esquema para organizar o trânsito ao redor do STF e do Congresso Nacional caso houvesse algum tipo de manifestação nas vias. “A gente veio preparado porque havia essa possibilidade, mas não tem quase ninguém aqui. Vamos embora daqui a pouco”, afirmou um PM que não quis revelar o nome.
Espera-se que haja mais manifestações na segunda fase do julgamento, quando os minitros proferirão os seus votos.
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