Em meio às articulações para aprovar as reformas da Previdência e trabalhista no Congresso Nacional, o governo do presidente Michel Temer (PMDB) atingiu os seus piores indicadores em uma pesquisa do Ibope, desde que o peemedebista assumiu o Palácio do Planalto. Levantamento encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual dos entrevistados que consideram a atual gestão ruim ou péssima bateu em 55%. Apenas 10% classificaram a atual administração como boa ou ótima. Outros 31% disseram ser regular, e 4% não responderam.
Na pesquisa anterior do Ibope, feita em dezembro, a desaprovação ao governo era de 46%. Para 13%, a avaliação era ótima ou boa. O percentual dos que a consideravam regular era de 35%.
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O novo levantamento foi feito entre os dias 16 e 19 de março de ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para cima, e o nível de confiança é de 95%.
Também caiu o percentual de aprovação à maneira de governar do presidente – de 26%, em dezembro, para 20%, em março. Já o percentual de desaprovação saltou de 64% para 73% no mesmo período.
De lá para cá os entrevistados passaram a confiar menos em Temer. O índice dos que disseram que não ter confiança no presidente subiu de 72% para 79%. Só 17% (ante os 23% registrados em dezembro) declararam acreditar nele.
Cresceu, ainda, o percentual dos que consideram o governo Temer pior que o de Dilma: passou de 34% para 41%. Para 18%, a atual administração é melhor do que a anterior. Em dezembro, 21% pensavam assim.
Os entrevistados estão mais pessimistas em relação ao futuro do governo. Desta vez, 52% apontaram as perspectivas como ruim ou péssima (ante 43% no levantamento anterior). Para 28%, o futuro será bom ou ótimo (contra 18% em dezembro).