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No mesmo mês de março, começam a se tornar públicas as relações de Cachoeira com autoridades políticas de Goiás e do Distrito Federal, como os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB)e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Desde 2007, com a Operação Vegas e depois com a Operação Monte Carlo, os investigadores identificaram o envolvimento de políticos e autoridades com o esquema de Cachoeira. Em setembro de 2009, o que foi descoberto foi enviado para a Procuradoria Geral da República, que nada fez. O procurador geral da República, Roberto Gurgel, sustenta que não viu indícios para abrir investigações contra o senador Demóstenes à época.
A Operação Monte Carlo recolheu informações relacionadas a governadores, senadores e deputados envolvidos com Cachoeira. Nada a ver com jogo ilegal, e sim com suspeitas de fraudes em licitações, tráfico de influência e advocacia administrativa. Para prosseguir na investigação de tais fatos, os policiais precisariam ter autorização de magistrados de foros superiores, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Para não atrasar a investigação sobre a quadrilha de Cachoeira e para não invalidar toda a investigação, a decisão tomada foi não se aprofundar sobre o que foi se descobrindo sobre a participarção de políticos. Assim, o material que mencionava tais autoridades era apenas separado para o envio à Procuradoria Geral da República.
A partir de março de 2012, depois do “estouro” da Operação Monte Carlo, o procurador-geral Roberto Gurgel abriu investigação contra Demóstenes, Perillo, Agnelo e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).
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