A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou há pouco que a apreensão de R$ 400 mil em 666 pedras de diamante feita na madrugada do último domingo (30), em Rondônia, foi a maior já realizada na região e, provavelmente, no país.
A inspetora Márcia, que trabalha na PRF em Porto Velho (RO), disse ao Congresso em Foco que apreensões de pedras preciosas e semipreciosas são comuns na região. “Pelo menos uma vez por mês prendemos pessoas com pedras”, afirmou ela. Número aproximado só foi visto em 2001, quando foram apreendidas 400 pedras no tanque de gasolina de um carro.
O caso tem ainda outra peculiaridade. Os diamantes em poder do contrabandista Douglas Ferreira de Lima estavam escondidos na sua cueca, o que lembra o episódio vivido pelo assessor ligado ao PT, José Adalberto Vieira da Silva, preso no aeroporto de Congonhas no ano passado com US$ 100 mil escondidos em suas roupas íntimas.
A apreensão dos diamantes ocorreu durante fiscalização de rotina da PRF de Rondônia, na BR-364. Policiais desconfiaram do condutor depois de encontrar dentro do veículo dele, um Santana, equipamentos utilizados para a análise de diamantes, como balança de precisão e lentes de aumento.
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Os diamantes foram retirados da reserva indígena Roosevelt, no sul de Rondônia, ocupada pelos índios cinta larga. Segundo Douglas, as pedras estariam sendo levadas para Vilhena, no mesmo estado. Depois de detido, ele foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal de Pimenta Bueno. Lá, o responsável pelo caso, o delegado Rodrigo de Souza Carvalho declarou que Douglas era investigado desde 2004. E que ele fazia parte de uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de pedras preciosas.
Douglas está preso por receptação de bem público e posse de bens da União. A extração das pedras preciosas na reserva é proibida. Qualquer atividade mineradora nas áreas indígenas depende de que um projeto de lei do governo federal seja aprovado pelo Congresso Nacional.