Mário Coelho
Policiais do Departamento de Atividades Especiais (Depate) da Polícia Civil do Distrito Federal não encontraram aparelhos de escuta telefônica nas dependências da Câmara Legislativa. Desde quarta-feira (9), os agentes fazem uma varredura no prédio, a pedido da presidência da Casa. Neste momento, são vasculhados os gabinetes dos deputados Wilson Lima (PR) e Paulo Roriz (DEM), os útlimos que faltam na operação montada pelo Depate.
O pedido de varredura foi feito após dois policiais civis de Goiás e um ex-servidor do gabinete do deputado Benedito Domingos (PP) serem detidos pela polícia acusados de espionagem na última quarta-feira (3). Na segunda-feira (8), deputados da oposição fizeram o pedido de varredura ao diretor-geral da Polícia Civil, Pedro Cardoso. No dia seguinte, o presidente da Câmara, Wilson Lima, formalizou a necessidade, na visão dos parlamentares, de passar em revista o prédio sede do Legislativo local. Desde quarta-feira, aproximadamente 15 policiais usam equipamentos de contrainteligência para vasculhar as salas e gabinetes dos deputados.
A vistoria foi motivada pela prisão, na semana passada, de dois policiais civis de Goiás e um ex-servidor do gabinete do deputado Benedito Domingos (PP) enquanto tentavam instalar aparelhos de escuta próximos à sala da liderança do PT e dos gabinetes dos deputados Jaqueline Roriz e Erika Kokay. Divulgada com exclusividade pelo site, a notícia levou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás a abrir um processo de investigação administrativo contra os dois policiais. Além disso, a Polícia Civil do DF, após negar a existência do caso, admitiu que os três foram detidos e prestaram depoimento na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DECO).
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