A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão de documentos nesta quinta-feira em um dos escritórios de campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em Belo Horizonte (BH). Os investigadores também estão fazendo buscas em dois escritórios de agência em Brasília e no Rio de Janeiro, a Pepper, que prestou serviços para o PT durante corrida eleitoral do ano passado. As informações são do jornal O Globo.
A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), faz parte da segunda fase da Operação Acrônimo, que investiga supostos vínculos de Pimentel com movimentação financeira do empresário Benedito Oliveira.
A PF também emitiu pedidos de busca e apreensão de documentos no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, e na residência do governador, mas foram negados pelo ministro Herman Benjamin. De acordo com a reportagem, há outros seis alvos na investigação, além de Pimentel.
O advogado responsável pela defesa do governador Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, criticou a decisão da Polícia Federal de pedir busca no Palácio da Liberdade e na residência de Fernando Pimentel. Para ele, a Polícia Federal fez os pedidos sem qualquer motivo que justificasse uma medida tão drástica.
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“Estão extrapolando todos os limites. Acham que vão refundar a República. Fizeram os pedidos de busca na sede do governo sem qualquer base jurídica”, disse o advogado.
Na primeira fase da operação, deflagrada há um mês, os alvos foram empresários que doaram para partidos políticos na campanha do ano passado, suspeitos de lavarem dinheiro público. A PF prendeu cinco pessoas em flagrante, entre elas o suposto chefe da então organização criminosa, Bené. Ele é ligado ao PT e prestou serviços à campanha de Pimentel.
A primeira-dama mineira, Carolina de Oliveira Pereira, também é suspeita. Logo que a operação foi revelada, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Carolina, haja vista que a investigação encontrou indícios de que sua empresa estava envolvida no esquema.
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