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Os recibos foram recolhidos durante ações de busca e apreensão realizadas no mês passado, em São Paulo. As informações foram publicadas neste sábado (17) pelo jornal O Estado de S. Paulo. A Operação Patmos resultou em algo inédito no Brasil a investigação de um presidente da República no exercício do mandato. Temer investigado no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, associação criminosa e obstrução de Justiça.
“Lima Filho passou a ser investigado após a delação de Joesley Batista, acionista do Grupo J&F, apontá-lo como responsável por receber parte dos valores de propina supostamente destinada a Temer. Os recibos são relacionados à offshore Langley Trade Co. S.A. Na Receita Federal, a Langley está registrada como empresa domiciliada em Montevidéu, capital do Uruguai. No banco de dados do Panamá Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que teve participação de jornalistas do Estado, o endereço está atrelado ao escritório Zolkwer y Asociados”, diz trecho da reportagem.
Na delação premiada dos executivos da J&F, controladora do Grupo JBS, o contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, apontado como responsável pelo repasse de dinheiro a políticos, citou ao menos dois encontros com Lima Filho – o primeiro deles apenas para conhecer o “coronel”, relata o delator, e acertar os procedimentos de entrega dos recursos. Florisvaldo informou ainda aos investigadores que deu R$ 1 milhão, em espécie, para Lima Filho no segundo encontro.
Coronel da Polícia Militar aposentado, João Baptista Lima Filho é amigo do presidente Temer há mais de 30 anos. É dono da Argeplan Arquitetura e Engenharia, empresa integrante de um consórcio que venceu concorrência para conduzir serviços prestados à Usina Angra 3, cujas obras estão sob investigadas da Operação Lava Jato.
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