A Polícia do Senado divulgou nota no final da noite de ontem em que nega “veementemente” que espionou o senador Marconi Perillo (PSDB-GO). O órgão destaca que “já foi determinada a abertura de investigação policial para apurar a denúncia”.
“A Polícia do Senado Federal zela pela proteção das autoridades, servidores e visitantes da mais alta Casa legislativa, de forma a garantir o ambiente propício ao desenvolvimento das competências constitucionais do Senado brasileiro”, diz o comunicado.
De acordo com a revista Veja deste final de semana (leia mais), “a Polícia do Senado acionou um conhecido escritório de espionagem política de Brasília” para elaborar um dossiê contra Perillo. O serviço teria sido feito por ex-policiais federais.
“Os telefones do senador foram grampeados e violaram seu sigilo bancário e fiscal”, afirma a publicação. “Estavam orientados a identificar desde supostos negócios fraudulentos realizados entre o parlamentar e empresários até a existência de contas bancárias dele no exterior”, complementa.
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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP) pediu abertura de inquérito à Polícia Federal para apurar o caso e vai convidar o tucano a prestar depoimento na próxima terça-feira (4). (Rodolfo Torres)
Confira a íntegra da nota da Polícia do Senado
"Com relação à reportagem veiculada pela revista Veja sob o título Espionagem oficial, a Secretaria de Polícia do Senado Federal nega, veementemente, seu envolvimento com qualquer órgão público ou privado, com o objetivo de espionagem. Informa, também, que já foi determinada a abertura de investigação policial para apurar a denúncia de que "alguém ligado à Polícia do Senado" teria procurado um escritório de detetives particulares para espionar um Senador da República.
Destaca, ainda, que a transparência é um dos pilares da atuação desta Polícia legislativa federal e cita como exemplo a publicação em seu site de todos os termos circunstanciados e inquéritos policiais de sua competência, desde o ano de 2005.
A Polícia do Senado Federal zela pela proteção das autoridades, servidores e visitantes da mais alta Casa legislativa, de forma a garantir o ambiente propício ao desenvolvimento das competências constitucionais do Senado brasileiro, ajudando a fortalecer a democracia no País.
Brasília, 1º de dezembro de 2007"