Renata Camargo
Enquanto a Corte do Supremo Tribunal de Justiça (STF) julga o recurso do candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) contra a Lei do Ficha Limpa na tarde de hoje (22), manifestantes contrários e favoráveis a Roriz se desafiam em frente ao prédio do Supremo. Roriz teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e agora aguarda o julgamento do Supremo para saber se poderá ou não concorrer nas urnas no dia 3 de outubro.
Um voto no STF definirá futuro da ficha limpa
O primeiro encontro entre os dois grupos de manifestantes ocorreu por volta das 15h de hoje em clima tenso. Em maioria, favoráveis a Roriz tentaram ocupar o local destinado a manifestantes contrários ao candidato do PSC e chegaram a arrancar uma das bandeiras que o grupo carregava. A polícia conseguiu conter o confronto, mas os ânimos continuaram acirrados. De um lado, rorizistas gritavam “Roriz de novo, governador do povo”, e de outro, em minoria, contrários diziam “Roriz, de novo, tá enganando o povo”.
“Queremos tirar esse coronel do cerrado. É hoje que fechamos o caixão dele. O Brasil todo está mudando, porque Brasília não pode mudar? Nós queremos que a Justiça funcione. Já foram mais de 10 anos de corrupção, o Roriz não pode voltar”, disse o rodoviário aposentado Luiz Rodrigues, 50 anos, se referindo aos quatro mandatos que Roriz já exerceu como governador do DF.
Com segurança reforçada, a polícia segue no local tentando controlar o confronto entre manifestantes. Enquanto isso, o julgamento da Ficha Limpa serve de pano de fundo para o conflito entre aliados e oposicionistas de Roriz. “Não posso acreditar em um tribunal que libertou o Daniel Dantas e o governador do Amapá. Mas existe um clamor da população que não agüenta mais bandidos governando”, disse o candidato ao governo do DF Rodrigo Dantas (PSTU), presente na manifestação.
Apoiadores de Roriz fazem manifestação no Supremo
Inelegibilidade de Roriz é ‘heresia’, diz defesa
Começa julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa