Em seu último discurso antes do julgamento final do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que os senadores podem “estar cometendo um erro, seja qual for o veredito que derem”, mas ressaltou que “a democracia se corrigirá”.
O presidente do Senado aproveitou para pedir desculpas ao país “por qualquer atitude mais contundente ou emocional”, como no episódio em que subiu o tom contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – que afirmou que “este Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma”.
Ressaltando o caráter histórico do julgamento, Renan afirmou que “um dia a história nos julgará. E a única certeza é que nós não nos omitimos”. “Haverá um dia seguinte”, afirmou o peemdebista alertando os senadores sobre a importância de estarem serenos para a votação – que deve ocorrer no início da tarde desta quarta-feira (31).
Por fim, Renan afirmou: “A democracia não é o regime perfeito porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeições”. E citou Ulysses Guimarães: “É caminhando que se abre o caminho”.
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Com dez inquéritos no Supremo (oito deles decorrentes da Operação Lava Jato), o presidente do Senado, que presidiu a sessão que afastou Dilma do Palácio do Planalto, é coadjuvante de Lewandowski na reta final do processo. E, diferentemente do que ocorreu em maio, não descarta votar desta vez.
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