A reunião do PMDB no Congresso Nacional, que vai decidir se o partido lançará candidatura própria à presidência da Câmara, ou se apoiará um dos candidatos da base aliada do governo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), ainda não começou. O encontro será à portas fechadas, sem a presença da imprensa.
No entanto, já se especula que os peemedebistas não estão querendo lançar um nome do partido na disputa. A opção de apoiar Aldo ou Chinaglia parece mais atraente para a legenda.
Questionado se o partido tinha limite de prazo para decidir quem apoiará, ou se vai lançar um nome próprio na sucessão da Câmara, o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), afirmou que a escolha de um nome para apoiar representaria “um divisor de águas” neste momento.
“Se o PMDB não decide, não tem limite. Mas, se decidir, isso é um divisor de águas. Uma terceira candidatura só terá espaço se o PMDB não se decidir”, afirmou o deputado ao Congresso em Foco. "Eu acho que é acordo com o PT ou adiamento", acrescentou o deputado gaúcho.
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De acordo com Ibsen, o problema do PMDB para lançar candidatura própria é que o partido não consegue definir um nome.
Segundo o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o partido é decisivo na sucessão da Casa. “A posição do PMDB é fundamental e decisiva”, afirmou.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Wilson Santiago (PB), acredita que a falta de um acordo ontem na reunião da base aliada com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, prejudica uma decisão. "Esperávamos fazer a reunião com uma posição definida pelo governo. O que ainda não aconteceu. Vai depender agora da votação da bancada", afirmou.
Por sua vez, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) criticou a candidatura alternativa, afirmando que este não é o caminho que o partido pretende seguir. (Soraia Costa)