Desde terça-feira (27) o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) anunciou que irá disputar a presidência do Senado, independentemente da indicação oficial de seu partido. Luiz Henrique já recebeu o apoio de representantes de seis partidos – PDT, PSDB, DEM, PSB, PP e PSOL – além de alguns colegas do próprio PMDB.
Como já tinha tomado a decisão “irrevogável” de entrar na disputa, Luiz Henrique optou por não participar da reunião do PMDB, e encaminhou uma carta aos colegas na qual comunicou a candidatura avulsa. Como historicamente a indicação do presidente é feita pelo partido com maior bancada, o senador Renan Calheiros criticou a decisão de Luiz Henrique de concorrer mesmo não tendo o aval do PMDB.
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“É preciso respeitar a proporcionalidade, respeitar as indicações dos partidos. O Congresso não caminha por projetos pessoais, candidaturas avulsas. É fundamental não revogar as normas que fazem com que o Parlamento caminhe”, declarou Renan depois de ter o nome oficializado.
Criticado por ter demorado a assumir a candidatura à reeleição, Renan justificou que não poderia fazer o anúncio antes que seu partido tomasse a decisão, oficialmente. “O papel do presidente do Senado é complexo. Você não pode se colocar como candidato à reeleição, atropelando eventual legítimo interesse que por ventura exista na própria bancada, como é o caso. Você primeiro precisa da indicação da bancada, do respeito à proporcionalidade para procurar os outros partidos, porque quando você antecipa essa decisão as pessoas perguntam: ‘e a manifestação do seu partido? Será que seu partido vai te indicar?’. Isso é fundamental, que é o respeito ao estatuto, à regra e ao regimento do Senado Federal”, disse.
Apesar de faltarem apenas cerca de 48 horas para a eleição para a Mesa Diretora do Senado, Renan Calheiros se disse “confiante”, e deve começar a ligar para os colegas em busca de apoio. Luiz Henrique, por sua vez, anunciou mais cedo que espera contar com 45 votos no próximo domingo.
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