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Segundo Picciani, a nomeação de Mauro Lopes é apenas uma substituição de Eliseu Padilha, que ocupou o posto até o início de dezembro de 2015. Assim, trata-se da operação de troca em um cargo que já é do partido, lembra o deputado.
Para evitar que os oposicionistas do PMDB entrem com uma ação no conselho de ética da sigla para punir quem aceitar cargos no governo, Picciani negocia a confirmação de Lopes no ministério com o argumento de que a ida dele para o governo já tinha sido acertada com o Palácio do Planalto há mais de duas semanas – antes, portanto, da decisão da convenção. Lopes quer virar ministro de Dilma, mas seu desejo é desestimulado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que também é o presidente nacional do PMDB.
“A moção aprovada na convenção do PMDB não tem força de decisão do partido, e não impede a ida do Mauro Lopes para o ministério [Secretaria de Aviação Civil]”, argumentou o deputado José Priante (PA), peemedebista alinhado ao Planalto, ao Congresso em Foco.
A nomeação de Lopes depende de acordo com a ala oposicionista da bancada na Câmara, o que tem ficado cada vez mais difícil com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Vários deputados que defendem a saída imediata do PMDB do governo estão dispostos a questionar Lopes no conselho de ética se ele virar ministro e não aceitam o argumento de que a decisão de ir para o governo seja retroativa à convenção.
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