Renata Camargo
Membros da cúpula do PMDB se reuniram hoje (18) no Congresso para discutir a proposta de plano de governo do partido a ser entregue à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão presidencial, em uma eventual aliança. O PMDB estuda se aliar ao PT para indicar o vice para a chapa de Dilma à Presidência da República.
Segundo o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), um dos cotados para ser vice da ministra, o plano de governo será preparado para que haja “uma junção de programas de partido”. O programa será lançado no dia 8 de maio, quando ocorrerá o Congresso Nacional do PMDB.
“Temos várias reuniões até dia 8 de maio, quando vamos aprovar o programa. Não chegamos a fazer nenhuma reunião programática. Vamos sistematizando esse programa. Mas adianto que haverá um programa definido do PMDB”, afirmou Temer. “O PMDB nem vai aceitar prato feito, nem vai brigar. Vai fazer eventualmente uma coligação. Portanto vai dialogar”, disse.
Em relação ao conteúdo do programa, Temer afirmou que o partido não vai se “furtar a uma certa ousadia”, mas também não definiu se o PMDB seguirá a linha do plano de governo do PT em pontos polêmicos como a questão do aborto e das diretrizes para a mídia.
“Nós vamos examinando ao longo do tempo. Não vamos nos furtar a uma certa ousadia. Agora evidentemente que essa ousadia estará amalgamada com a idéia da moderação. Isso é o que queremos apresentar como plano de governo”, disse.
Também presente na reunião, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, outro possível indicado para compor a chapa de Dilma, disse que os peemedebistas discutiram apenas o cronograma de trabalho e distribuíram as tarefas. Meirelles afirmou que não houve qualquer debate em relação a quem será o vice do partido na aliança com o PT.
“Houve uma reunião de definição de funções e prazos e organização da estrutura de trabalho. Não discutimos esse assunto e, no momento, estou totalmente focado no Banco Central”, disse Meirelles.
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