O PMDB descartou nesta sexta-feira qualquer hipótese de apoio ao PT nas eleições deste ano. Durante um ato em apoio à pré-candidatura do governador gaúcho, Germano Rigotto, à presidência da República pelo partido, o próprio peemedebista reforçou a intenção da legenda em lançar nome próprio na disputa. “A candidatura própria do partido é irreversível”, afirmou.
Rigotto afirmou que uma sigla com o tamanho e o poder de difusão pelos estados como o PMDB não pode deixar de lado a idéia de propor um projeto de governo próprio para o país. “Não tem a mínima possibilidade de não ter sua candidatura própria, seu projeto nacional. O presidente Lula e até o PSDB podem ter essa vontade de ter o PMDB do seu lado, é natural, mas da vontade para a realidade tem uma distância muito grande”, disse o governador.
O presidente nacional da sigla, deputado Michel Temer (SP), que participou do ato, foi taxativo. “Eu apoio uma tese, a da candidatura própria, e vou com ela até as prévias”, enfatizou.
Nos bastidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem trabalhado para que a ala governista do partido inclua na cédula de votação da prévia a hipótese de um peemedebista entrar como vice na chapa do PT. A idéia é ganhar espaço em alguns palanques regionais durante a campanha eleitoral.
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Rigotto disputa com o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, a vaga do PMDB na disputa presidencial. Dentro do partido, o gaúcho tem levado vantagem sob seu adversário, inclusive com o apoio do diretório paulista. Mas nas pesquisas de opinião aparece atrás de Garotinho.
Alguns políticos suspeitam que a possível escolha de Rigotto possa ser uma estratégia do partido para desbancar a candidatura própria, caso ela não decole, e pular mais facilmente no barco do PT. O governador descarta essa hipótese.