Mário Coelho
A Executiva do PMDB conseguiu chegar a uma decisão política para evitar ações na Justiça por conta da provável coligação com o PT na disputa à presidência da República. Amanhã (12), durante a convenção nacional do partido, em Brasília, os convencionais terão duas opções de voto. A primeira é a chapa com a petista Dilma Rousseff. A outra é uma possível candidatura própria.
A solução foi encontrada em reunião dos peemedebistas realizada na manhã desta sexta-feira (11). Além da candidatura do ex-governador do Paraná Roberto Requião, defendida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), inscreveu-se também como candidato o jornalista Antônio Pedreira. Não é a primeira vez que Pedreira apresenta-se como candidato pelo PMDB. Em 1989, ele chegou a disputar as eleições presidenciais, mas como candidato do PPB, partido que não existe mais. Para não arriscar contestações judiciais, as duas candidaturas serão submetidas à convenção. No caso de Requião, a candidatura tem algum apoio. Ela, pelo menos, evidencia a existência de um racha no partido que, mais uma vez não estará coeso numa disputa presidencial.
Em uma das cédulas, virá a possibilidade de coligação com o PT. Na outra, a opção de candidatura própria e os nomes dos dois pré-candidatos. Por conta dessa decisão, a reunião da Executiva prevista para hoje à noite foi cancelada. A expectativa entre peemedebistas é que, mesmo com a candidatura registrada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), ele desista do pleito e se lance como candidato ao Senado pelo Paraná.
A Convenção Nacional do PMDB será realizada das 9h às 17h, no Centro de Convenções da capital do país. Terão direito a voto 569 convencionais (senadores, deputados federais, membros do Diretório Nacional, membros do Conselho Nacional e delegados). Ao todo serão 804 votos, pois existem casos em que um membro tem direito a mais de um voto.