Principal aliado da presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), o PMDB começa a dar sinais de que pode deixar a parceria no passado. Líder do partido na Câmara dos Deputados e de olho na presidência, o líder do partido Eduardo Cunha (RJ) disse ao jornal O Estado de S. Paulo não ver dificuldades em uma composição com o PSDB num eventual governo do candidato Aécio Neves (PSDB).
“Não vejo dificuldades nenhuma de se posicionar em apoio a um futuro governo Aécio”, destacou ele em entrevista exclusiva ao jornal.
A sinalização é perigosa para o PT porque o PMDB é considerado um fiel da balança para a composição de maioria no Congresso Nacional, essencial para aprovar matérias de interesse do governo. Nesta segunda-feira a bancada liderada por Eduardo Cunha se reunirá para definir se tomará posição neste segundo turno entre os dois candidatos postos embora a executiva do partido permaneça na base com o presidente da legenda, Michel Temer como candidato a vice presidente na chapa encabeçada por Dilma.
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“A bancada está literalmente dividida e por isso não tenho que me posicionar. Eu almejo continuar como líder, e se quero isso, tenho que satisfazer a bancada”, disse. Eduardo Cunha tem optado por dar declarações sempre em sintonia com o grupo que lidera para não criar arestas que possam complicar a sua intenção de comandar a Câmara dos Deputados a partir de janeiro de 2015. Atualmente, Henrique Eduardo Alves (PMDB) é o presidente da casa.