Os deputados votam, a partir das 16h, o processo de cassação do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). O parecer do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que recomenda a cassação, foi aprovado pelo Conselho de Ética por nove votos a cinco no dia 14 de março.
João Paulo é acusado de ter sacado R$ 50 mil, por meio de sua esposa, de uma conta do empresário Marcos Valério de Souza, operador do mensalão. Ele também é acusado de "omissão intencional" em relação a fatos e informações relevantes para as investigações e de ter se utilizado, em proveito próprio, de contrato firmado entre a presidência da Câmara e a agência de propaganda SMP&B, de Valério.
O ex-presidente da Câmara diz que o saque de R$ 50 mil foi feito por determinação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. O dinheiro, disse o deputado, foi usado para pagar pesquisas eleitorais em quatro cidades da região de Osasco (SP): Osasco, Cotia, Jandira e Carapicuíba. Ele insistiu não ter quebrado o decoro parlamentar e alegou que a acusação de participação no esquema do mensalão não faz sentido.