Além da conclusão de Angra 3, a proposta de retomada dos investimentos em energia nuclear no Brasil prevê a construção de uma nova usina a cada três anos, até que a tecnologia responda por 5% do parque gerador. Está prevista a construção de quatro a seis usinas, a partir da próxima década, até 2030, em duas centrais de porte semelhante à de Angra dos Reis.
Esse é o teor do programa de energia nuclear ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, já encaminhado para avaliação do governo, segundo o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Odair Gonçalves. A primeira central seria instalada no Nordeste e a segunda, em local a ser definido.
A viabilidade do programa depende da decisão sobre a retomada das obras de Angra 3, que tem capacidade de 1,3 mil megawatts (MW). O tema seria discutido em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 31, mas o evento foi adiado, segundo o Estadão.
No setor, é dada como certa a aprovação de Angra 3 na próxima reunião do CNPE, o que abriria espaço para as discussões sobre as novas centrais. “O tema é polêmico”, admite o presidente da CNEN. “Mas precisa ser aprovado ainda neste governo, já que leva tempo para construir usinas”, ressaltou Odair Gonçalves.