Com as discussões sobre possível aberta de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto convocou time de ministros para convencer antigos aliados e membros da oposição de não aderirem o movimento pelo afastamento da petista. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, os ministros costumam se reunir com Dilma e com líderes de partidos que se afastaram da base do governo.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, é uma das principais articuladoras apontada pela publicação. Ela está encarregada de contornar a situação negativa da presidente com a bancada ruralista formada por membros do Senado e da Câmara. A ministra se encontrou recentemente com o líder do PTB da Câmara, Jovair Arantes (GO). O deputado informou que a bancada estava insatisfeita. Segundo reportagem, ele disse que o problema não é a interlocutora, Kátia, mas o governo que “não faz o que promete”.
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab é outro nome citado. Ele tem a função de unificar seu partido, PSD, contra a ascensão do movimento pró-impeachment. Também tem se reunido com deputados da oposição, como os do PSDB. De acordo com jornal, um deputado tucano relatou a colegas da bancada que estava em uma reunião com o ministro quando Dilma telefonou ao ministro. Ao saber que Kassab estava em reunião, ela pediu para falar com o parlamentar. A presidente teria pedido “racionalidade” e que ele “pensasse no Brasil”.
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Entre os mais demandados, há ainda o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo, que agenda as reuniões com as siglas resistentes. O jornal informa que foi por meio de Giles que o líder do PSC, pastor Everaldo, foi parar no Planalto, no dia 9. O petista Ricardo Berzoini, hoje ministro das Comunicações, também age nas articulações. Ele é quem negocia com parlamentares os cargos no governo.
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