Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil condenado no mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, conseguiu autorização da Justiça do Distrito Federal para trabalhar em empresa do ex-senador e empresário Luiz Estevão. Os dois são companheiros de cela no presídio da Papuda. Pizzolato será assistente de programação de rádio, com salário de R$ 1.800.
O Ministério Público (MP) havia questionado a proposta de trabalho, sob suspeita de que a finalidade do benefício e a fiscalização seriam comprometidas, uma vez que a emissora pertence a um companheiro de cela. A juíza Leila Cury, contudo, respondeu ao MP autorizando que Pizzolato trabalhe na empresa do colega de Papuda mediante fiscalização regular do local, dias e horários de trabalho do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. A empresa também assinou um termo de compromisso.
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“Entendo que o benefício do trabalho externo deve ser analisado com fundamento nos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e, sobretudo, da isonomia, razão pela qual não cabe a este Juízo impor, no presente caso, exigências que não são feitas nos casos análogos ao presente”, escreveu a juíza.
Pizzolato foi condenado em 2012 e fugiu para a Itália em 2013 usando o passaporte do irmão, morto há mais de 30 anos. Ele foi extraditado de volta para o Brasil em outubro de 2015 e está preso na Papuda desde então. O ex-diretor de marketing do BB conseguiu progressão para o regime semiaberto em maio deste ano.
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