O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse agora há pouco na CPI da Crise Aérea da Câmara que se houve alguma contribuição das condições da pista de Congonhas para o acidente com o avião da TAM, ela só pode ter sido "ínfima". "Se tivesse mais 500 metros de pista, o avião não iria parar pela velocidade em que estava", disse o brigadeiro, ponderando que era essa apenas sua opinião e que é preciso aguardar o final das investigações.
Pereira também informou aos deputados de que não foi registrado nenhum documento para liberação da pista do aeroporto, após a reforma feita e antes do acidente que vitimou quase 200 pessoas em Congonhas. "Eu até vou recomendar que a partir de agora seja feita essa certificação", disse. "Mas todas as conversas para liberar a pista estão gravadas", disse.
Segundo o brigadeiro, a reforma na pista mesmo sem grooving deixou de concentrar poças d água, inclusive no dia do acidente. O presidente da Infraero reiterou que foi feita a inspeção mas sem a medição, justamente porque não havia empoçamento de água na pista de Congonhas.
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Até às 17hs de amanhã (1º) a Infraero, segundo o brigadeiro, terá que entregar propostas para acelerar a inclusão do grooving em Congonhas; para a ampliação do aeroporto de Viracopos (localizado em Campinas); e para a reforma na pista principal do aeroporto de Guarulhos. (Lúcio Lambranho)