Como antecipou o editor da Revista Congresso em Foco, Leonel Rocha, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aliado do Palácio do Planalto, foi reconduzido à liderança do PMDB na Câmara, nesta quinta-feira (17). Ele comunicou o fato há pouco, durante sessão do Congresso Nacional, e a informação também foi confirmada pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
A recondução se deu como adiantou este site: o parlamentar protocolou uma lista de assinaturas de apoio, com número suficiente para ela recuperar a função de líder.
O documento foi entregue com 36 assinaturas. Mas, segundo a Secretaria-Geral, um pedido com esse número mínimo de assinaturas de deputados do PMDB não torna a situação de Picciani confortável. Uma nova lista, eventualmente com a retirada de apoios obtidos pelo líder do partido, pode causar sua destituição e substituição automática, a qualquer momento.
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Picciani tinha sido substituído por Leonardo Quintão (PMDB-MG), a partir de outra lista de apoio, em movimento patrocinado por Michel Temer, presidente nacional do partido e vice-presidente da República. A mudança foi apoiada também pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A alegação para o afastamento foi o fato de o deputado, alinhado com o Planalto, ter escolhido os membros da comissão que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff de modo a formar uma maioria simpática ao governo.
“Fui obrigado a fazer uma lista porque era a única forma de retornar ao mandato para o qual eu fui eleito e manter o calendário da bancada que prevê a eleição direta, sem listas, para fevereiro”, explicou Picciani.
Nesta quarta-feira (16), o PMDB aprovou, com o apoio de Michel Temer, uma resolução para barrar novas filiações de deputados federais e impedir o retorno do governista Picciani à liderança do partido na Câmara. A nova norma prevê que novas filiações só poderão ocorrer com o aval da cúpula partidária.
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