Quatro deputados federais deverão ser indiciados na semana que vem pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelo envolvimento na máfia dos sanguessugas. Dois deles são membros da Mesa da Câmara, o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) e João Caldas (PL-AL) os outros dois são os ex-líderes de bancada Pedro Henry (PP-MT) e Paulo Baltazar (PSB-RJ).
As investigações sobre o escândalo da compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas parlamentares foram transferidas para a PGR, depois da forte pressão exercida na Corregedoria da Câmara pelos parlamentares supostamente envolvidos nas denúncias. Antes de repassar a apuração à PGR, a Corregedoria reuniu indícios de envolvimento de pelo menos 45 deputados.
Esse número foi conseguido com a ajuda da contabilidade da Planam, principal empresa do esquema que fornecia as ambulâncias, e nas escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal nas investigações. A polícia conseguiu várias listas com nomes de assessores, ex-assessores e parlamentares. Em uma delas, registra o pagamento a 13 deputados. Em outra, constam os registros de pagamentos feitos aos assessores dos parlamentares. Além dessas duas, há uma terceira em que estão anotadas as senhas de acompanhamento das emendas que os parlamentares apresentam ao Ministério da Saúde.
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Pelas investigações da Polícia Federal, 45 deputados são suspeitos de participar do escândalo. Logo que foi deflagrada a “Operação Sanguessuga” pela Polícia Federal, no início deste mês, 44 pessoas são acusadas de participar do esquema e estiveram presas até a última terça-feira. Uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª região, com sede em Brasília, concedeu habeas corpus ao ex-deputado Carlos Rodrigues, envolvido no caso, que foi estendido aos outros presos na operação.
No entanto, a decisão do TRF foi revogada pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie. Até ontem a polícia havia recapturado 30 dos 44 acusados.
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