O ex-presidente da Câmara pediu demissão do cargo na última quinta-feira (16), um dia após a divulgação de trechos da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo o delator, Henrique Eduardo recebeu R$ 1,55 milhão de propina do esquema de corrupção na Petrobras. Machado envolveu mais de 20 políticos de diferentes partidos em seus depoimentos.
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Ontem o peemedebista divulgou nota negando vínculo com recursos no exterior, contestando reportagens publicadas nos últimos dias.
Além dessa denúncia, há dois pedidos de abertura de inquérito contra Henrique Eduardo Alves no Supremo. Um pede que ele seja incluído na lista dos investigados na ação principal da Lava Jato, que apura a existência de uma organização criminosa. A outra petição é baseada em mensagens apreendidas no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro. Nesse caso, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Léo Pinheiro citam repasses ao ex-deputado potiguar.
Com a saída dele do ministério, o Supremo decidirá se repassa o pedido de Janot para o juiz Sérgio Moro. Conforme a revista Veja, Henrique é alvo de uma ação de improbidade administrativa que tramita há cerca de dez anos na Justiça Federal de Brasília por uma conta diferente da que foi localizada pelas autoridades suíças.
Veja a nota divulgada por Henrique Eduardo:
“Refuto qualquer ilação a respeito de conta no exterior em meu nome.
Não fui citado a prestar esclarecimentos.
Estou, como sempre estive, à disposição da Justiça, até porque sou o principal interessado em ver todas essas questões esclarecidas.
Acredito nas instituições do nosso Estado Democrático de Direito.”