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Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o documento lista empresas que aceitaram pagar propina para operadores do esquema, bem como os percentuais para cada um dos beneficiados. Preso pela Lava Jato, o corretor Lúcio Bolonha Funaro figura nos registros da planilha como “Maluco”. Funaro é apontado pelos investigadores como operador de Eduardo Cunha no petrolão. Como este site mostrou em 1º de julho, o corretor ameaçou atear fogo em casa de delator com os filhos dentro, como meio de cobrar propina, segundo a PGR.
Com a delação já homologada, Cleto apresentou os registros sobre a contabilidade criminosa à PGR, responsável pela denúncia não só contra Cunha, mas também contra o próprio delator e mais três pessoas. Eles vão responder por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
“De acordo com a peça de acusação, ainda mantida em sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Funaro era o responsável por pagar a parte de Cleto no esquema até 2012. Esses pagamentos envolveram o custeio de 300 contas do ex-vice da Caixa, incluindo despesas com gás, cartão de crédito, celular e até TV a cabo. Os dois, no entanto, brigaram naquele ano e Cunha, segundo a versão do colaborador, pediu que o então dirigente do banco continuasse no cargo para manter o esquema em funcionamento”, diz trecho da reportagem.
O jornal também destaca trecho da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelas acusações da Lava Jato no âmbito do STF. “A partir de então, depois de aprovada uma operação em que fora solicitado apoio a Cleto, Cunha avisava sobre o pagamento de propina e o valor que havia cobrado da empresa. Com base nessa informação, Cleto preenchia a planilha de contabilidade com Cunha, conforme o porcentual de cada um dos envolvidos”, diz o PGR.
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