A Procuradoria-Geral da República (PGR) adiou para os próximos dias os pedidos de investigação de governadores citados nos depoimentos da Operação Lava Jato, informa o Globo. De acordo o jornal, a PGR ainda não solicitou a abertura de inquérito contra governadores no Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque pretende incluir em um mesmo inquérito pessoas sem foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos dois governadores foram citados nas delações: Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Tião Viana (PT-AC).
Segundo o Globo, a decisão de segurar os pedidos de investigação no STJ se deve à inclusão de outra autoridade com foro no Superior Tribunal de Justiça: o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia, Mário Negromonte, ex-deputado federal pelo PP e ex-ministro das Cidades. De acordo com a reportagem, como as acusações contra o ex-deputado guardam relação com a participação de parlamentares do PP no esquema, a tendência é que a PGR peça que ele seja investigado com seus ex-colegas de partido no próprio Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, explica o jornal, os casos dos governadores ainda não foram protocolados no STJ.
Na noite de terça-feira (3), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo a abertura de 28 inquéritos contra 54 pessoas citadas nas investigações da Operação Lava Jato. Entre elas, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e algumas das principais lideranças da Casa, como mostrou o Congresso em Foco.
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