Após 12 anos de aliança, o PFL decidiu que deixará de ser coadjuvante do PSDB e pretende lançar uma “carreira solo” para marcar claramente as propostas liberais da legenda na economia e na política. Isso foi o que afirmaram alguns parlamentares da sigla aos repórteres Natuza Nery e Ricardo Amaral, da Agência Reuters.
“Estamos fazendo nosso próprio caminho, pela liberdade de mercado e pelos direitos individuais. O espaço da esquerda já está bem ocupado pelo PT e PSDB”, afirmou o deputado Alceni Guerra (PFL-PR), secretário-geral da Fundação Liberdade e Cidadania, matriz ideológica do PFL.
“É um investimento no futuro, no momento em que a América Latina é subjugada por governos populistas”, acrescentou, citando o México como exemplo de país da região afinado com as idéias do “centro democrático”.
Para deixar bem clara a mudança de postura, o partido trocará, inclusive, de nome. A legenda passará a ser chamada de Partido Democrata (PD).
O distanciamento em relação aos tucanos deverá se manifestar já nas eleições municipais de 2008. A intenção é estimular o lançamento de candidaturas próprias para todas as prefeituras sem priorizar as alianças com o PSDB. O objetivo será realizar uma sondada para uma possível candidatura própria ao Palácio do Planalto, em 2010.
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