O líder do PFL na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), entrou hoje (21) com uma representação na Procuradoria Geral da República contra a diretoria da Infraero.
O objetivo é apurar supostas irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na reforma de oito aeroportos durante o governo do presidente Lula.
Segundo Onyx, a Infraero gastou nas obras dos oito aeroportos do Brasil R$ 13 bilhões. “Pode ter havido na Infraero o mesmo modus operandi que houve nos Correios e no Banco do Brasil”, afirmou, em referências às irregularidades apontadas pela CPI dos Correios.
O líder pefelista também prometeu uma nova representação contra a Infraero sobre os contratos de publicidade da estatal. Onyx se baseia num repasse de R$ 150 mil feito no ano passado para o Movimento dos Sem Terra (MST).
O dinheiro teria sido usado, segundo o deputado, para que o MST participasse de um evento de movimentos sociais em Brasília. No entanto, o TCU não viu irregularidades neste repasse pois comparou repasses idênticos feitos pela Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
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Tucano discorda
O líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Panunzzio (SP), afirmou ao Congresso em Foco não saber os reais motivos da representação do PFL. “Uma CPI, é muito mais legítima do que uma representação no Ministério Público”, afirmou.
Um destacado representante da bancada do PFL afirmou a este site que os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), pediram à bancada tucana para não continuar na ofensiva contra a Infraero. No caso de São Paulo, o governador Serra teme pela instalação na Assembléia Legislativa da CPI do Metrô. (Lucas Ferraz e Lúcio Lambranho)