Após dois meses de impasse no PSDB até a escolha do governador Geraldo Alckmin como presidenciável tucano, o PFL começou as sondagens de um nome para compor uma chapa. Líder pefelista no Senado, José Agripino Maia (RN), foi o primeiro parlamentar a colocar o nome à disposição, mas, com a escolha de Alckmin, surgiram as primeiras resistências ao seu nome.
Hoje, o líder do partido na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse que o nome de Agripino Maia não é consensual no partido. Para ele, o fato do líder pefelista do Senado ser do Nordeste – região onde o presidente Lula tem os maiores índices de intenção de voto – não é critério para escolher o vice do PSDB.
“Não é pelo fato de Lula estar bem no Nordeste que adotaremos o critério da escolha do vice. O nome pode ou tende a sair do Sul, porque juntando o Sudeste com o Sul nós poderemos reverter a vantagem de Lula no Nordeste”, afirmou.
O pai de Rodrigo Maia, o prefeito fluminense, Cesar Maia (PFL), disse nesta quarta-feira que a candidatura de Alckmin pode abrir espaços. Segundo o prefeito, nas próximas quatro ou cinco semanas, o partido vai fechar questão se indica o vice de chapa, se aposta na candidatura própria – ele próprio é um dos candidatos – ou ainda não se coliga com os tucanos e, posteriormente, buscaria a implementação de um regime parlamentarista.
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Amanhã, o prefeito se reúne com o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), no Rio, para discutir estas questões. O prefeito lembrou que ofereceu sua candidatura ao PFL em 2004, mas acredita também na possibilidade de lançamento de outros políticos como candidatos pelo partido.