A Executiva do PFL decidiu ontem adiar a escolha do candidato a vice do tucano Geraldo Alckmin na disputa pela presidência da República este ano. O partido vai esperar o fim do impasse sobre as coligações nos estados e o resultado da pré-convenção do PMDB, marcada para o próximo dia 13, quando a legenda vai dizer se terá candidatura própria ao Palácio do Planalto em outubro.
“O resultado da convenção do PMDB é importante para as coligações nos estados”, disse o senador José Jorge (PFL-PE), cotado para ser o vice de Alckmin. “Se não resolver até lá, não resolve mais”, afirmou.
Jorge afirmou que caberá ao senador José Agripino Maia (PFL-RN), outro pré-candidato a vice, definir os critérios de escolha do nome do PFL. “Espero que ele proponha o critério do consenso, pois a consulta realizada pelo partido indicou que eu recebi 55 votos, ele 43 e (Jorge) Bornhausen, 70. Mas o Bornhausen não vai sair candidato”, disse.
O impasse para firmar coligações entre PFL e PSDB nos estados é pior na Bahia, Sergipe, Goiás, Maranhão, Amazonas, além do Distrito Federal. No território baiano, os tucanos são rivais dos pefelistas, liderados pelo senador Antonio Carlos Magalhães. Já no Maranhão, o PSDB luta desde 1989 contra a hegemonia dos Sarney e diz que uma aliança seria suicídio. Para piorar, a líder pefelista no estado é Roseana Sarney, aliada de Lula.
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“Temos que chegar a um acordo que priorize onde o PFL é mais forte e onde o PSDB é mais frágil. Onde o PFL é mais forte, o candidato tem de ser do PFL. Em São Paulo, o PFL não terá candidato, pois sabe que o (José) Serra (candidato do PSDB) é mais forte”, afirmou José Jorge.