Leia também
Leia tudo sobre o caso Cachoeira
Leia outros destaques de hoje no Congresso em Foco
“Nossos analistas da PF vão fazer um novo trabalho de audição de todas das ligações em relação ao trabalho desta CPI”, afirmou Matheus Rodrigues, ao se referir às pessoas com foro privilegiado. Neles, vão identificar condutas que antes tinham passado despercebidas dos policiais pelo fato de não conhecerem os contextos desses diálogos “mais completos”. A PF vai encaminhar à CPI os novos relatórios e transcrições desses grampos.
Matheus disse que 90% das ligações de políticos observadas na Operação Monte Carlo foram tratadas apenas “como breve indício de culpa”. “E às vezes, no início das investigações, nem isso ficou conhecido, porque não conhecíamos os interlocutores e não tínhamos o contexto das conversas”, afirmou o delegado.
Agora, com essas informações, será possível fazer um trabalho mais profundo sobre a participação de políticos e autoridades nos negócios e supostos crimes da quadrilha de Cachoeira. “Há muito trabalho a ser feito para aprofundar esse tipo de investigação”, concluiu.
PublicidadeQuantidade de grampos
Para chegar a uma análise mais completa da participação de políticos com os supostos crimes atribuídos a Cachoeira, os parlamentares precisarão conferir se têm em seu poder todos os áudios produzidos pelas Operações Vegas e Monte Carlo. Na primeira, foram 61 mil interceptações telefônicas; na segunda, mais de 200 mil. Mas os deputados e senadores afirmam nos corredores da CPI não possuírem nem metade desse grampos na CPI.
O relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), disse que vai chamar um perito da Polícia Federal para conferir a base de dados à disposição da CPI e comparar com a quantidade de grampos das Operações Vegas e Monte Carlo. “Vamos requerer um perito para fazer essa checagem”, disse ele na noite de quinta-feira, antes de deixar o Congresso.
Deixe um comentário