Eduardo Militão, enviado especial*
Fortaleza (CE) – Os delegados da Polícia Federal estão com dificuldades em obterem autorizações para quebrar e manter o sigilo telefônico dos acusados em suas investigações. Quem revela é o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Sandro Torres Avelar.
Os problemas começaram depois da CPI das Escutas Ilegais na Câmara e da revelação inicial de que existiam 409 mil grampos autorizados pela Justiça. O Conselho Nacional de Justiça revisou a estatística para menos, mas fez uma resolução disciplinando a liberação de escutas e já puniu um juiz por excesso de autorizações.
Avelar diz que há um clima de preocupação entre delegados que conduzem investigações importantes e que necessitam dos grampos para continuarem seus trabalhos. “[Os delegados] comentam a dificuldade de obter ou manter a quebra de sigilo telefônico”, contou o presidente da ADPF.
*O repórter viajou a convite do 4º Congresso dos Delegados da PF
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