Policiais federais estão nas ruas nesta terça-feira (21) para cumprir mandados de prisão, busca e apreensão e condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, na Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo.
Batizada de Sothis, a 47ª fase da Operação Lava Jato tem como principal alvo a investigação de empresas e sócios suspeitos de atuar em um esquema de repasses ilegais de uma empreiteira para um funcionário da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em troca de contratos com a estatal.
Ao todo, são oito mandados de busca e apreensão, cinco de condução coercitiva e um de prisão temporária. Um dos alvos é um ex-gerente da Transpetro, além de seus parentes e intermediários.
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O Ministério Publico Federal (MPF) no Paraná informou que eles são suspeitos de operacionalizar o recebimento de R$ 7 milhões de propinas pagas por empresa de engenharia, entre setembro de 2009 e março de 2014. As ações ocorrem em vários estados.
Segundo as investigações, o ex-gerente teria pedido, inicialmente, o pagamento de 1% do valor dos contratos da empresa com a Transpetro como propina, entretanto o acerto final ficou em 0,5%. “Esse valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente”, diz a nota divulgada pelo MPF .
De acordo com a PF, os crimes investigados na deflagração da operação são corrupção e lavagem de dinheiro. Os alvos de prisão temporária serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. Sothis é uma referência a uma das empresas investigadas, chamada Sirius. A PF explicou que a estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis.
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