A Polícia Federal prendeu em um hotel de São Paulo, nesta sexta-feira, Valdebran Padilha, ex-tesoureiro do PT no Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, ex-agente da PF e que estaria trabalhando como advogado do partido. Eles são suspeitos de tentarem comprar imagens e fotos que envolveriam o ex-ministro José Serra (PSDB) no esquema dos sanguessugas.
Nessa quinta-feira, por volta das 23h, Paulo Roberto Dalcol Trevisan, primo do empresário e sócio da Planam Luiz Antonio Vedoin, foi abordado pela PF no aeroporto de Cuiabá quando embarcava rumo à capital paulista.
Ele foi encarregado de entregar a Valdebran Padilha o material com fotos e imagens de Serra recebendo ambulâncias vendidas pelo esquema dos sanguessugas enquanto estava à frente do Ministério da Saúde. Em troca, Dalcol receberia R$ 1,16 milhão e US$ 248 mil, que seriam repassados aos donos da Planam.
A PF apreendeu o material e liberou o Dalcol após ouvi-lo na sede da corporação. Além de imagens de Serra, haveria também no material uma foto do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, ao lado de uma das ambulâncias vendidas pela Planam. A Polícia pediu à Justiça que revogasse o alvará de soltura de Luiz Antonio, acusando-o de vender provas, e prendeu o empresário hoje à tarde, em Cuiabá.
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Em entrevista à revista Istoé que começa a circular amanhã, Luiz Antonio e seu pai, o também empresário Darci José Vedoin, disseram que o esquema dos sanguessugas, iniciado em 1998, prosperou principalmente durante o período em que Serra foi ministro da Saúde, até o segundo semestre de 2002.
O tucano, que lidera a disputa eleitoral pelo governo de São Paulo, minimizou as acusações e disse, por meio de sua assessoria, que as denúncias fazem parte do "kit de baixaria do PT".
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