A Polícia Federal faz buscas e apreensões, inclusive no Ministério do Turismo, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (26). A ação, batizada de “Lavat”, ainda inclui três prisões temporárias. O objetivo é combater crimes durante as eleições para o governo do Rio Grande do Norte em 2041. A “Lavat” é continuidade da “Manus”, que investigou e prendeu o ex-ministro do Turismo e ex-candidato a governador Henrique Eduardo Alves (PMDB), preso desde junho.
Segundo a PF, a “organização criminosa” investigada “continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro”. As prisões temporárias duram geralmente por cinco dias. A PF cumpre ainda duas conduções coercitivas, quando os investigados levados para depor e são liberados horas depois. A polícia ainda cumpre 22 ordens de busca e apreensão. Há 110 policiais nas ruas de Brasília, Natal (RN) e nas cidades potiguares de Parnamirim, Nísia Floresta, São José do Mipibu e Angicos.
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A PF diz que a continuidade dos crimes se comprovou na análise do material apreendido nas Operação “Manus”. “Foram identificadas fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes a organização criminosa, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores para o chefe do grupo”, afirma a corporação, em nota.
Os investigadores ainda encontraram “esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do Estado visando obter contratos públicos”. Os contratos somam R4 5,5 milhões aproximadamente. O esquema tinha era usado “para alimentar a campanha ao governo do Estado de 2014”, de acordo com a polícia.
O nome da operação se refere a um provérbio latino. “Manus manum fricat, et manus manus lavat” significa “Uma mão esfrega a outra, uma mão lava a outra”.